Construídos com pedra solta, os edifícios mais antigos ainda em pé devem datar do séc. XVII. A igreja tem sobre a porta a data de 1700. Na capela
ao fim da rua principal, de construção anterior, existe uma interessante imagem que se presume seja do séc. XIII.
O cemitério velho é talvez o único no género ainda existente em Portugal. Na quase totalidade das campas denota-se a influência dos nossos antepassados árabes, sendo a cabeça do cadáver assinalada, não por uma cruz, mas por uma pedra enterrada na vertical.
Algumas campas apresentam duas pedras, o que se deve ao facto de, por escassez de espaço, se ter enterrado nelas mais de uma pessoa. O período mais próspero de Estevais foi provavelmente o das últimas décadas do séc. XIX, quando contava mais de trezentos habitantes. Depois da Primeira Guerra Mundial emigração, a falta de incentivos económicos e o abandono da lavoura contribuíram para sua progressiva decadência.
Finalmente, a construção da linha do Sabor nos anos 30, e da estrada entre Moncorvo e Mogadouro no final do anos 40, ambas a 6 km de distância, retiraram-lhe a qualidade de ponto de passagem obrigatório, aumentando o isolamento dos seus moradores.
Em fins de 2005 habitavam em Estevais cento e quinze pessoas,
oitenta e três das quais com mais de setenta anos de idade.